Papos de gourmet especial em Mendoza
Essa imponente bodega argentina de capital holandês alia arquitetura e vinhos modernos. Ao chegar em Killka (como é chamado o lugar), o visual é de cair o queixo: paisagem desértica, a cordilheira e os seus vinhedos...
Logo na entrada, um espelho d´água e esculturas dão um ar cool ao lugar. Descobri que o projeto do complexo foi idealizado levando em consideração 2 aspectos: a forma e a função. A forma de cruz reduz o tempo de percurso da uva e do vinho dentro da vinícola. Cada ala consiste em uma pequena bodega de 2 níveis de altura. No primeiro nível, tanques de aço inoxidável e barricas de carvalho francês possibilitam a fermentação e o armazenamento. Já no nível subterrâneo, o vinho é envelhecido nas barricas, descendo por gravidade.
O mais interessante é que a junção das 4 alas convergem para uma câmara central e circular, similar a um anfiteatro. Aí encontramos várias barricas dispostas igualmente de forma circular, em torno a uma rosa dos ventos que pode ser vista também desde a parte superior... fantástico! Para a empresa, a rosa dos ventos representa a sua relação com o restante do mundo. Já as pedras utilizadas no piso são da mesma região onde a vinícola está localizada., dando a idéia de “pés na nossa terra e olhos no mundo”. Tudo muito elegante e cheio de sentidos, como os bons vinhos devem ser!
Em nossa visita, fizemos um recorrido por uma impressionante estrutura com tecnologia de ponta.
Vinhos:
São produzidos aproximadamente 1.000.000 de litros por ano, sendo que 50% da produção é exportada principalmente para o Brasil e EUA. Os enólogos responsáveis são Laureano Gomez e Carlos Baccaro. Os vinhos não são filtrados.
Salentein: varietais provenientes das 3 propriedades da empresa, com diversas altitudes. Tem passagem de 7 a 14 meses por barricas de carvalho francês.
Numina: é o vinho de corte da empresa que estagia por 16 meses em barricas francesas.
Primus: edição especial que se elabora somente em safras excepcionais. Envelhece por 19 meses em barricas novas de carvalho francês.
Los Leones: é o vinho símbolo da empresa. Não foi degustado por nosso grupo.
A hora da verdade:
Depois do agradável passeio pela vinícola, fomos recebidos em uma grande e bonita mesa de pedra para a degustação dos vinhos. Não posso reclamar da recepção, em um lugar extremamente acolhedor, cheio de queijos e frutas secas durante a degustação.
Primus Pinot Noit 2004: achei o vinho um pouco alcoólico demais e sem a sutileza do pinot noir. Aroma de frutas vermelhas, geléia de frutas e especiarias.
Provei ainda o Primus Malbec 2004 e o Primus Merlot 2003: para mim foi o melhor do trio. De cor vermelho rubi, complexo no nariz e pronto para beber. Taninos macios e compota de frutas.
Almoço:
Depois da degustação, seguimos para o almoço em um belo salão envidraçado, com vista para a bela cordilheira. No almoço foram servidos um medalhão de carne com crosta de gergelim e purê com açafrão, além de uma salada perfeitamente harmônica. Vale a pena almoçar por lá.
O quê: Bodegas Salentein
Onde: Ruta 89 s/n, Los Arboles, Tunuyan – Mendoza, Argentina.
Serviços: visitação e degustação/ almoço / pousada
Visitas: pré agendar. Tel 54 02622 429 500. E-mail reservas@killkasalentein.com
Onde comprar: http://www.zahil.com.br/
Maiores informações: http://www.bodegasalentein.com/
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