Papos de Gourmet especial em Mendoza
O nome “gringo” dessa vinícola mendozina tem um motivo: foi fundada por um engenheiro inglês chamado Edmund J.P Norton. Ele chegou na Argentina para construir a estrada de ferro que passaria na Finca Perdriel. Norton apaixona-se pela filha do proprietário da finca e nas terras do sogro planta as primeiras mudas trazidas da França. Tudo isso lá pelo ano de 1895, provando desde aquela época o vinho e as paixões movem montanhas!
A empresa produz um grande volume (17 milhões de litros) e exporta aproximadamente 50% do que produz.
A vinícola fica em Luján de Cuyo, o berço da uva Malbec na Argentina. Em nossa visita (com um animado grupo) passamos por todo processo produtivo e o que mais chamou a atenção foram os contrastem do antigo com o moderno: ainda permanecem no local as antigas “piletas” ou reservatórios quadrados de vinhos, que segundo a empresa não são mais utilizados.
A cave subterrânea da empresa é muito bonita. Um labirinto que tem função de afinar o vinho da empresa e de servir de museu de antigas garrafas, com safras desde o ano de 1932.
A empresa utiliza 80% de barricas européias para o envelhecimento dos vinhos. Encontramos ainda algumas barricas de carvalho chinês (o grupo possui uma unidade lá) que estão sendo utilizadas em testes.
Os vinhedos são controlados pelo sistema de “mapping”, ou seja, as propriedades são divididas em pequenas parcelas trabalhadas de forma específica e individual.
Destinados ao mercado externo:
- Privada: No Brasil se chama “Privado” por razões óbvias. Originalmente destinado somente a família Swarovski. É um corte das uvas Merlot, Cabernet Sauvignon e Merlot. Envelhecido por 16 meses em barricas novas de carvalho francês. Passa 12 meses afinando na garrafa.
- Reserva (nas uvas Cabernet Sauvigon, Malbec, Syrah e Merlot): uvas provenientes de vinhedos com mais de 30 anos. Barricas de carvalho francês de 1º e 2º uso. Afinamento na garrafa por 10 meses.
- Barrel select (nas uvas Cabernet Sauvigon, Malbec, Syrah, Merlot, Chardonnay e Sauvignon Blanc): 50% do vinho é envelhecido em barricas de carvalho francês de 1º e 2º uso por até 12 meses. Afinado por 6 meses na garrafa.
- Varietais jovens: sem uso de carvalho. Além das uvas já citadas, também nas versões Tempranillo, Barbera, Bonarda, Torrontes, Merlot Rose e Sangiovese.
Destinados ao mercado argentino e também ao Brasil:
Não tenho absoluta certeza se todos estão em venda no Brasil. A lista é extensa, já que a produção da vinícola é mesmo volumosa: Quorum (seleção de diversas colheitas), Malbec DOC (vinhedos provenientes de Luján de Cuyo), Roble, Bivarietales (corte com duas uvas), Clasico (corte de diferentes uvas), Cosecha tardia (Chardonnay), Mil Rosas, Espumante Norton (extra-brut e demi-sec), Espumante Norton Cosecha Especial (extra-brut e brut nature).
Pontuações:
As notas máximas alcançadas foram:
- Vinho Norton Privada 2002 e 2003: 91 pontos Wine Spectator
- Norton Reserva Malbec 2002: 90 pontos WS
Vinhos degustados:
Logo após, degustamos um Norton Chardonnay Roble 2007, fermentado em barricas de carvalho. O Norton Reserva Cabernet Sauvigon 2005 apresenta bons aromas, intensos, um bom volume de boca e taninos suaves. Já o Norton Reserva Malbec 2005 não tem aromas tão intensos, porém na boca é bem aveludado.
O quê: Bodegas Norton (Ruta Provincial 15, km 23.5, Luján de Cuyo, Mendoza)
Serviços: visitas guiadas (inglês – espanhol) e degustação; almoço e piquenique nos jardins;
Visitas: Reservar com antecedência. Tel. 54 261 490 9700. - int 4. E-mail: turismo@norton.com.ar ou programas@norton.com.ar
Onde comprar: www.expand.com.br
Maiores informações: www.norton.com.ar
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